Depois de nove rodadas, sete vitórias e um empate, o alvinegro é líder isolado do Brasileirão. Ainda invicto, o Timão tem a defesa menos vazada do certame até aqui (são apenas quatro gols sofridos), um jogo a menos que seus principais adversários e – ao que parece – muita disposição para continuar no topo da tabela.
Quem diria.
Há alguns meses, o cenário corinthiano era o de cidade arrasada pós-ataque de Decepticons (os robôs malvados de Transformers).
A inesperada derrota para o Tolima, da Colômbia, ainda na pré-Libertadores. A gozação dos rivais: toliminado! toliminado! A aposentadoria obesamente tardia de Ronaldo. A saída de Roberto Carlos, para encher os meiões de (mais) dindim. A fúria da fiel torcida. O treinador Tite em xeque. E, de brinde, um vice-campeonato paulista.
Mas, se meus quinze leitores permitem que eu abra a caixinha de clichês, há males que vêm para bem. A precoce eliminação no torneio sul-americano deu ao técnico o tempo de que ele tanto precisava para ajeitar o time – que, sem os dois pentacampeões mundiais, ganhou mobilidade, velocidade e, sem perdão pelo trocadilho, apetite por vitórias.
Aliada a esse período de treinos, esteve a imensa sorte de não ter tido desfalques provocados pela inconveniente Copa América. É óbvio – só para citar exemplos paulistas – que o Santos tem sentido falta do trio Neymar-Ganso-Elano e o São Paulo, do jovem Lucas.
Também têm ajudado muito o Timão o renascimento do futebol de Danilo e a chegada de Alex. Ambos trouxeram ao marcador meio-campo, formado por Ralf e Paulinho, um passe de mais qualidade. Ainda somam-se a isso os gols de Liédson e a incansável movimentação de Jorge Henrique e Willian no ataque.
Só há um senão na consistente trajetória de recuperação do Corinthians: a contratação de Adriano – ele mesmo, o Imperador. Logo o centroavante deverá voltar aos gramados. E, quando isso acontecer, de que modo se comportará? Como Alexandre o Grande, soberano ávido por conquistas, ou Nero, monarca prestes a atear fogo em seu reino?
Por via das dúvidas, é melhor deixarem os extintores à mão no Parque São Jorge.
Por via das dúvidas, é melhor deixarem os extintores à mão no Parque São Jorge.
5 comentários:
Eu esperoque seja mais um elo fogo de palha... e que a exemplo do centenario ou centenada o corinthians acumule mais um fracasso
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Quando eu era pequena, me deram uma camiseta da suvinil.
E desde então, estamos aí. Faça chuva, faça sol ou nada se faça no Fielzão.
Bacana seu blog! É um ótimo cronista!
Nunca gostei de futebol,mais o blog é ótimo...
Esse é o meu Timão, passa por crise mas a garra recupera.
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